Chocolate GLAD, ainda bem que apareceste

Perto da rotunda Bessa Leite, uma das vias mais movimentadas no Porto, situada entre a VCI e a Avenida da Boavista, encontra-se a casa da GLAD. É uma marca de chocolates artesanais na qual mestres chocolateiros selecionam, processam e refinam grãos de cacau com origens diferentes.

Diz o provérbio popular que “o que é doce nunca amargou” – até pode ser assim para o chocolate, um dos alimentos mais adorados do mundo, mas grande parte da produção de cacau tem outra história para contar. Para lhe dar um final diferente, em 2020 nasce a chocolataria GLAD pelas mãos das irmãs brasileiras Marcella e Katrin Cavalcanti, que escolheram Portugal para criar o seu negócio. A marca ganhou um showroom dedicado aos seus chocolates, duas salas de produção, incluindo o laboratório-cozinha onde a magia acontece, e um ateliê onde decorrem workshops semanais.

Como assim, chocolate “do grão à tablete”?

Este é um método com vários anos e adotado por muitas chocolatarias a nível mundial. O conceito é a produção de chocolate ser feita diretamente a partir dos grãos de cacau e não a partir da massa de cacau previamente processada e comprada a produtores industriais. O chocolateiro também se encarrega de todo o processo, desde a seleção dos grãos de cacau até à tablete de chocolate, permitindo estabelecer uma relação mais próxima e responsável com os produtores e garantir um fabrico artesanal e mais sustentável.

Fases de produção: grãos de cacau crus e secos, pasta de cacau, cacau moído e tablete de chocolate.

A jornada dos chocolates da GLAD começa em quatro localizações: Nicarágua, Madagáscar, Equador e República Dominicana. Os frutos dos cacaueiros são abertos e as sementes fermentadas. Os grãos secam depois ao sol ou num desidratador e, quando ficam duros e quebradiços, são embalados e enviados para chocolatarias de todo o mundo – incluindo a loja portuense. É nesses locais que se desenrola o restante processo: seleção manual, “ceifa” (i.e., o descascar do grão), torragem e moagem dos nibs (pontas) de cacau – cacau no seu estado puro. Esta moagem forma o “licor de chocolate” que, após vários dias de maturação, é temperado e colocado em moldes – até estar pronto a degustar.

Uma tablete de chocolate que fala consigo

Na GLAD, reina a simplicidade: os produtos são naturais, com poucos ingredientes e fruto de receitas descomplicadas. A base das tabletes de chocolate contém apenas grãos de cacau moídos, manteiga de cacau e açúcar de coco – com um perfil nutricional mais interessante do que o açúcar refinado.

Estes são chocolates veganos, sem aditivos alimentares, que proporcionam uma experiência gastronómica bem diferente. Por exemplo, a tablete de chocolate GLAD 70% cacau da República Dominicana tem notas de prova de cereja, amendoim e caramelo – apesar de não conter nenhum destes produtos.

Como provar chocolate?

Comer chocolate pode ser um desafio aos sentidos. Primeiro, sinta o aroma; depois a textura; por fim, coloque um pedaço na boca – não trinque, deixe derreter lentamente. Isto fará com que sinta o sabor na sua plenitude, ao usar a língua e a parte de trás da garganta, onde cheiro e sabor se fundem.

Cada tablete “fala” com o consumidor. As embalagens têm um design simples, a combinar com o produto, onde se pode ler sobre o país de origem e sobre a plantação, quinta ou propriedade de onde provém o chocolate. Encontramos ainda o termo “origem única” (significa que os grãos de cacau utilizados provêm de um único local) e o sinal “%”. Quanto maior for a percentagem, maior será a quantidade de cacau da tablete de chocolate e, portanto, mais benefícios poderá ter.

Presentes doces e conscientes

Oferecer um “miminho” a alguém de quem se gosta não precisa de qualquer ocasião especial, mas estes chocolates GLAD podem ser ótimos presentes de aniversário, de Natal ou de Dia de São Valentim. Pode encontrar estas tabletes em várias lojas do país ou na loja online da GLAD, em oito variedades: quatro tipos de chocolate negro, correspondentes a cada localização (Equador, Madagáscar, República Dominicana e Nicarágua), e quatro sabores (framboesa, amêndoas do Alentejo, sal marinho do Algarve, e café, aveia e nibs).