Cor, ritmo e (bio)diversidade: ¡Hola, Colômbia!

O imaginário que temos da Colômbia inclui paisagens que variam entre cidades vibrantes, florestas verdejantes e mares azuis. Quem já teve a oportunidade de visitar este país da América do Sul poderá confirmar todos estes predicados e acrescentar mais alguns.

Porque é a Colômbia tão especial? Um dos motivos dá título a este artigo: por entre a vegetação e abaixo da superfície do mar, “escondem-se” plantas e animais únicos que fazem da Colômbia o segundo país com maior biodiversidade do mundo, integrando a lista dos 17 países megadiversos. O primeiro lugar pertence ao Brasil.

Megadiversidade

Um país megadiverso é aquele cuja biodiversidade é, sobretudo, endémica, ou seja, a maior parte das espécies são originárias daquela região geográfica e não se encontram em nenhum outro lugar. Deve cumprir dois outros critérios:

  • Possuir pelo menos 5.000 das plantas do mundo como endémicas;
  • Ter ecossistemas marinhos dentro das suas fronteiras.

Os restantes países megadiversos são os Estados Unidos da América, o México, o Equador, o Peru, a Venezuela, a República Democrática do Congo, a África do Sul, Madagáscar, a Índia, a Malásia, a Indonésia, as Filipinas, a Papua Nova Guiné, a China e a Austrália.

Como surgiu a lista dos 17 países megadiversos?

Em 1988, a associação norte-americana sem fins lucrativos Conservation International, que tem como objetivo proteger e restaurar a natureza, cunhou o termo “megadiversidade”. O conceito pretendia alertar para a seguinte realidade: estes 17 países representam apenas 10% da área do planeta, mas concentram 70% de toda a biodiversidade.

Ouça o nosso podcast sobre a proteção da biodiversidade e fique a saber mais sobre a importância da sua preservação para garantir que a vida continua a existir na Terra.

Explorar a biodiversidade da Colômbia

A Colômbia é atravessada pela cordilheira dos Andes (de Norte a Sul) e é banhada pelo mar das Caraíbas e pelo oceano Pacífico. A zona leste do país assenta nas bacias dos rios Orinoco e Amazonas. O clima, a fauna e flora específicos de cada região acabam por dar origem a mais de 300 ecossistemas diferentes, tornando a Colômbia a casa de cerca de 10% da biodiversidade do planeta.

Entre anfíbios, répteis, corais, aves, mamíferos, orquídeas, flores, palmeiras e tantos outros animais e plantas, existem mais de 50.000 espécies na Colômbia, das quais 14% são endémicas.

Araras em perigo

A arara é uma das aves mais traficadas de forma ilegal na Colômbia, reduzindo a sua população e tornando-a vulnerável. Como tal, das seis espécies existentes no país, duas fazem parte da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) – a arara-verde ou arara-militar (Ara militaris) e a arara-verde-grande ou arara-militar-grande (Ara ambiguus).

Golfinho cor-de-rosa

Imagine “dar de caras” com um golfinho cor-de-rosa (Inia geoffrensis), que habita nos sistemas dos rios Orinoco e Amazonas. Ou com uma palmeira-de-cera (Ceroxylon quindiuense) com 70 metros de altura. Na Colômbia, é possível.

Estas são outras das espécies que pode encontrar:

Condor-dos-andes
Preguiça
  • As preguiças, a de dois dedos (Choloepus didactylus), que vive em climas frios, e a de três dedos (Bradypus tridactylus), que vive em climas quentes;
Lagarto-azul
Onça-pintada ou jaguar
Frailejones
Papagaio
Rã-dourada-venenosa
Urso-de-óculos
Orquídea

A importância de preservar a biodiversidade

É a biodiversidade que mantém o equilíbrio dos ecossistemas e sustém a vida na Terra.

No entanto, segundo o The Living Planet Report da WWF, desde 1970 que o mundo perdeu 69% das populações de animais selvagens. As causas deste decréscimo incluem as alterações climáticas, a poluição, a desflorestação e a sobre-exploração de recursos naturais, que levam à extinção de espécies e destruição dos habitats, causando o desequilíbrio dos ecossistemas.

Em 2022, durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade (COP15), foi assinado o Acordo de Kunming-Montreal. O objetivo deste acordo é proteger e restaurar a biodiversidade a nível mundial, garantindo a utilização sustentável da natureza e promovendo investimentos em favor de uma economia verde. As metas incluem a restauração de 30% dos ecossistemas degradados, tanto na terra como no mar, e a conservação e gestão de 30% das zonas terrestres, interiores, costeiras e marinhas até 2030.

A mudança também está ao alcance de cada um. Descubra como fazer a sua parte, pela biodiversidade.

Jerónimo Martins: a contribuir para a proteção da biodiversidade

O Grupo Jerónimo Martins investiu, em 2022, mais de 1,1 milhões de euros em projetos de recuperação de habitats naturais, de proteção da diversidade biológica e de sensibilização ambiental nos três países onde opera: Colômbia, Portugal e Polónia.

Na megadiversa Colômbia, o apoio incide, por exemplo, no projeto ProAves, para proteger cinco espécies de araras na reserva natural de Tití Cabeciblanco, e na fundação Fundabejaz, para a proteção e conservação das abelhas.

Ficou com vontade de visitar a Colômbia? Enquanto não concretiza esse sonho, deixe que sejam os nossos artigos a viajar até ao seu email.